Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Reação do mercado à superquarta ainda pede canja de galinha

Reação do mercado à superquarta ainda pede canja de galinha

14/09/2017 REAG Investimentos

É possível que estejamos vivendo apenas o último suspiro do morto?

Reação do mercado à superquarta ainda pede canja de galinha

 A chamada "superquarta", jornada de acontecimentos relevantes que aconteceu ontem (quarta-feira, 13 de setembro) nos cenários político, jurídico e policial da capital federal, Curitiba e Porto Alegre parece que nem fez cosquinhas no mercado financeiro e, muito pelo contrário, atiçou o apetite dos investidores.

A bolsa de valores bateu recorde e as cotações do dólar, em baixa, sugerem, pelo menos, que os humores estão melhorando. Estavam em jogo eventos que afetam os destinos do presidente Michel Temer (PMDB) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e do ex-ministro José Dirceu (PT), além de novos capítulos da novela Joesley Batista (dono da J&S), das regras para as eleições de 2018 e até as normas para o novo Refis. Embora o lamaçal no campo político-empresarial-policial não pare de transbordar, a economia anseia respirar novos ares.

O Índice Bovespa teve nesta quarta-feira, 13, sua terceira alta consecutiva e renovou seu recorde histórico ao marcar 74.787,56 pontos, com ganho de 0,33%. As ordens de compra continuaram a ser motivadas por fatores relacionados à recuperação da economia e à expectativa de avanço da reforma da Previdência.

Destacamos ainda um tom positivo que pairava nos ares do mercado em relação à expectativa de que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, seja candidato a presidente nas eleições de 2018. O dólar, por sua vez, operou em alta praticamente todo o dia, com ganho de 0,35% (mercado à vista), aos R$ 3,1385, seguindo o comportamento da divisa no exterior e em continuidade à perspectiva de fortalecimento da equipe econômica.

A força maior veio do exterior depois que o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Paul Ryan, disse que a apresentação do projeto de reforma tributária deve ocorrer em 25 de setembro. No mercado futuro, o dólar para outubro subiu 0,32%, aos R$ 3,1415.

Na avaliação da REAG, os agentes econômicos interpretam os percalços no campo político-policial como cada vez menor a probabilidade de o presidente Temer ter seu mandato encurtado, e assim cada vez maior a as chances de encaminhamento das reformas no Congresso. Todos já caíram na real e agora têm certeza de que não teremos a desejada e necessária Reforma da Previdência, por exemplo, mas pelo menos acreditam que ocorrerão alguns ajustes capazes de retardar o que poderia ser um eventual colapso das contas públicas com efeitos evidentemente devastadores.

Isso não quer dizer que a economia e o mercado financeiro se descolaram efetivamente do imbróglio político-policial. Política e economia andam sempre de mãos dadas. Ou seja, é impossível haver esse tipo de descolamento na vida rela, mas é admissível um certo distanciamento, mesmo que temporário em relação aos incômodos que, infelizmente, continuam ocupando as manchetes no noticiário policial.

Além disso, a menor probabilidade de um impeachment de Temer tem como pano de fundo a inflação e os juros em queda, além dos sinais benignos de que o consumo doméstico começa a reagir. Expectativas e confiança com viés positivo são fundamentais para a retomada da economia, mas de qualquer forma recomendamos muita prudência porque ainda não é possível projetar assertivamente a consistência, resistência e durabilidade de todo esse lamaçal.

É possível que estejamos vivendo apenas o último suspiro do morto? Sim, é possível, mas pouco provável. Contudo cautela e canja de galinha, como dizia a minha vó, não fazem mal a ninguém. Dizemos isso porque os desejados processos efetivamente transformadores no campo da economia estão sempre condicionados à concretização das reformas estruturais, seja ela tributária, trabalhista, política ou previdenciária, capazes de devolver um nível de confiança mínimo e confortável aos investidores.



A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques