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Neurociência e o processo de aprendizagem

Neurociência e o processo de aprendizagem

05/04/2018 Fábio Moraes

Driblar o cansaço, manter-se motivado e garantir sua concentração com táticas para aprender rápido.

Nos últimos anos, inúmeros estudos foram realizados para compreender de maneira mais objetiva atividades cerebrais e como elas influenciam no comportamento humano. E é justamente nesse contexto que se encaixa a Neurociência, que corresponde à área que estuda o sistema nervoso central, bem como suas funcionalidades, estrutura, fisiologia e patologias.

Esse conjunto é responsável por construir as atividades do corpo humano, sejam elas voluntárias ou não. Assim, a neurociência diz respeito à inteligência, aos sentimentos, à capacidade de tomar decisões que um indivíduo possui.

O foco da neurociência cognitiva são as capacidades mentais do ser humano: seu pensamento, aprendizado, inteligência, memória, linguagem e percepção. Isso se dá por meio da atenção, da associação, da memória, da imaginação, do pensamento, da linguagem ou dos cinco sentidos.

Com base nisso, as sensações e a percepção do indivíduo norteiam os estudos da Neurociência Cognitiva, ou seja, como uma pessoa adquire conhecimento a partir das experiências sensoriais a que é submetida. Uma música, um aroma, o gosto de uma comida, uma imagem ou uma sensação corporal: tudo isso está englobado, sendo responsável por captar os dados do ambiente e levá-los ao cérebro.

A capacidade de manter e trabalhar com informações, focar pensamentos, filtrar distrações e mudar as engrenagens é chamada de função executiva e de autorregulação – um conjunto de habilidades que depende de três tipos de atividades cerebrais: memória de trabalho, flexibilidade mental e autocontrole. As crianças não nascem com essas capacidades – elas devem ser estimuladas para desenvolvê-las.

As funções executivas, como outras evolvendo o Sistema Nervoso, apresentam um processo de maturação, que segundo pesquisadores, atingirão seu cume no início da idade adulta – influenciando nesse processo a regulação emocional, as funções cognitivas e o aprendizado.

Elas estão atreladas ao processo de captação de conhecimento, desenvolvimento de comportamento social e regulação das emoções. Portanto, a neurociência e a educação precisam andar juntas e nós, profissionais da educação, devemos nos informar para planejar as ações para o desenvolvimento integral dos alunos.

Avaliações neuropsicológicas são um método de investigação das relações entre cérebro e comportamento, especialmente, das disfunções cognitivas associadas aos distúrbios e diferentes lesões associados ao Sistema Nervoso Central. O processo visa identificar pessoas em níveis de risco para o desenvolvimento de doenças neurais ou padrões de desempenho anormal.

A avaliação é composta por entrevistas, observações e testes psicológicos, que auxiliam no diagnóstico clínico do paciente assim como na estimativa da evolução, prognóstico, delineamento de programas de reabilitação e acompanhamento de tratamento farmacológico e psicossocial.

Não existe ainda, no entanto, uma metodologia ou instrumento para avaliação neuropsicológica das funções executivas. Esse ainda é um grande desafio para a neurociência e para os profissionais de educação. Os sintomas de comprometimento de tais funções são dificuldades de planejamento, falta de insight, apatia, perseverança, agitação, dificuldade de concentração, capacidade de tomar decisões limitadas e despreocupação com as normas sociais.

Percebe-se uma relação entre estrutura e função, algo está fora da normalidade. Essas disfunções se dão por alterações na região cortical ou subcortical, mas também podem se desencadear a partir de lesões no tálamo e região pré-frontal.

* Fábio Moraes é Coordenador Pedagógico do Ensino Fundamental e Médio do colégio Liceu Coração de Jesus, o professor Fábio Aurélio de Moraes é especialista em Neurociência aplicada à educação pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Fonte: NB Press Comunicação



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