Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Comunicação globalizada: caminho para o crescimento individual

Comunicação globalizada: caminho para o crescimento individual

05/03/2019 Peter Albert Visser

É na primeira infância o momento de plantio e cuidado com o futuro.

O cérebro infantil, por estar em formação, possui grande facilidade para absorver informações e assimilar conceitos. A neuroplasticidade, ou seja, a capacidade de adaptação do sistema nervoso, e a desinibição das crianças tendem a ser maiores do que as dos adultos.

Soma-se ainda que, nessa fase da vida, o aparelho fonador, conjunto de órgãos e estruturas que produzem os sons da fala, também não está completamente desenvolvido e, por esse motivo, tudo o que lhes é ofertado, é absorvido sem a interferência de vícios já adquiridos.

É natural que pais e responsáveis se preocupem, já a partir dos primeiros anos de vida da criança, em desenvolver aquilo que julgam ser benéfico para ela, como a alimentação, a forma como tratar o próximo e, até mesmo, a escola em que vão estudar. É, portanto, na primeira infância o momento de plantio e cuidado com o futuro.

Nesse contexto, a educação globalizada e multicultural, por meio do ensino bilíngue, é uma das sementes mais procuradas, em vista da percepção crescente de que dominar um segundo idioma, em especial o inglês, traz mais oportunidades.

Entretanto, é importante ressaltar que se entende como indivíduo bilíngue aquele que fala, pensa e raciocina em dois idiomas, navegando nesses ambientes confortavelmente, sem esforços ou traduções.

No Brasil, poucas escolas oferecem essa abordagem e, mais que ensinar as normas gramaticais e um novo vocabulário, aprofundam-se em promover uma aprendizagem natural e imersiva da segunda língua. Os números da Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (Abebi), por exemplo, deixam claro e revelam o longo caminho que temos pela frente: menos de 3% das escolas particulares no país oferecem esse tipo de metodologia.

O resultado é que, não por menos, apenas 1% dos brasileiros são realmente fluentes em inglês e outros 4% se relacionam com a língua em estágios inferiores ao da fluência, conforme demonstra uma pesquisa do Conselho Britânico.

A questão é que o bilinguismo não envolve apenas o “aprender um novo idioma” e vai muito além. Em nível pessoal, o contato com outras culturas, desde bem pequeno, estimula a compreensão das diferenças, fazendo com que o indivíduo tenha mais consciência da parcialidade de sua própria identidade, de forma a se tornar um agente integrador no meio em que atua.

O multiculturalismo, estimulado dentro das escolas bilíngues, permite às crianças trabalharem colaborativamente entre grupos de diferentes origens, respeitando e entendendo as diferenças.

Estudos realizados em 1962 por Elizabeth Peal e Wallace Lambert, da McGill University (Canadá), revelaram que crianças bilíngues tendem a demonstrar melhores resultados em testes de inteligência e concentração.

E, como a escolha de pais e responsáveis sobre a primeira infância afeta diretamente o futuro da criança, o ensino de outra língua deve ser feito com cuidado, diante de pesquisas e análises, de forma a florescer satisfatória e beneficamente os pequenos em formação.

* Peter Albert Visser é diretor acadêmico da Maple Bear Brasil, graduado pela Universidade de Waterloo, possui também mestrado em educação pela universidade de Ottawa.

Fonte: Markable Comunicação



Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula