Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O novo normal da economia e do trabalho

O novo normal da economia e do trabalho

08/10/2020 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

A Covid 19 trouxe mais do que se poderia chamar de cuidados nas relações entre as pessoas e instituições.

Evitar a promiscuidade – sem qualquer conotação rasteira ao termo – é algo que sempre nos foi aconselhado desde a mais tenra idade.

Também já eram conhecidas na pré-pandemia as questões trabalhistas e sociais que, diante do risco de iminente infestação, tornaram-se prioritárias.

É por isso que uma série de comportamentos adquiridos durante ou em paralelo à quarentena, lockdowns e demais restrições sanitárias jamais serão revertidos.

Teremos de com eles conviver por anos e, em alguns casos, para sempre, queiram ou não os cultores das políticas sociais e trabalhistas que fizeram do Brasil um dos mais mastodônticos países na área.

Os empresários de todos os setores descobriram que é mais barato manter parte da equipe em home-office.

Comerciantes e até industriais encontraram no comércio virtual a alternativa de custo e problemas menores do que as vendas presenciais.

As escolas, apesar de todas as dificuldades de adaptação, também acharam o formato das aulas à distância que podem chegar ao aluno pelo computador, tablet, celular ou smarttv ou que, ainda, ser distribuídas por  prendrives e cartões.

Essa e outras modernidades apressadas pela impossibilidade da presença de trabalhadores e clientes nos locais de prestação dos serviços – queiram ou não os imobilistas e saudosistas – vieram para ficar. Se não ficarem por bem, ficarão por mal, mas ficarão.

Terminada a pandemia, cada setor vai se acomodar da melhor e mais econômica forma. Quem trabalha em casa, por exemplo, contabillizará a vantagem de não gastar e nem perder tempo em transporte, não precisar de uniformes e roupas sociais sofisticadas e outras e tomar conta da casa e dos filhos.

Os estabelecimentos ocuparão menor área construída e consequentemente diminuirão os gastos com eletricidade, aluguéis e serviços estruturais.

Até as cidades lucrarão porque com menos gente e veículos circulando, baixarão os congestionamentos e outros problemas urbanos. No serviço público também haverá mudanças, uma vez incorporada a tecnologia.

Os bancos já deram formidável exemplo de mudança de como eram suas agências há alguns anos e de como são hoje e, ainda, como serão a partir da implantação do PIX, o sistema de transferência de valores do Banco Central, que começa a operar em 16 de novembro.

Com toda essa modernização, devemos nos preparar. Especialmente os trabalhadores que já não podem mais contar com o paternalismo trabalhista que, mercê das verbas públicas, fez florescer mais de 16 mil sindicatos pelo país.

Hoje, para sobreviver, o sindicato tem de prestar serviços que motivem o trabalhador a pagar a mensalidade. Mas existem coisas antigas que ainda continuam atuais e, para o bem geral, devem ser observadas.

A principal delas é o conselho que ouvi, anda jovenzinho, do chefe do meu primeiro emprego: Não falte ao trabalho, porque o patrão poderá chegar à conclusão de que você não faz falta.

Professores e outros servidores públicos e privados que têm feito o máximo, inclusive recorrido à Justiça, para se manter em quarentena, precisam pensar nisso.

Se a máxima do meu primeiro chefe for lembrada, eles poderão, mercê do avanço tecnológico, ter problemas, sérios problemas... Mais sérios do que podem imaginar…

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

Fonte: Dirceu Cardoso Gonçalves



Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula