Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A presença do pai é essencial na educação dos filhos

A presença do pai é essencial na educação dos filhos

07/08/2017 Lilian Zolet

O papel do pai tem sido o principal alvo de transformação.

Desde os primeiros anos de vida, a criança precisa da presença ativa, dos cuidados, das orientações e do afeto tanto do pai quanto da mãe para desenvolver-se de modo pleno. O arquétipo do pai provedor, frio emocionalmente e não participativo na educação dos filhos está ficando para trás.

Atualmente, a figura paterna está apropriando-se do que realmente deve ser: presente, participativo da rotina familiar e da vida do filho. Esta mudança se deve pelas transformações sociais, culturais e familiares ocorridas. Com o crescente número de mulheres ingressando no mercado de trabalho e conquistando a independência econômica, surgiram novos arranjos familiares.

Nessa nova redistribuição igualitária dos papéis dos progenitores, o papel do pai tem sido o principal alvo de transformação. O pai está buscando dividir as responsabilidades do lar, arrumar o filho para ir à escola, fazer o almoço, auxiliar nas tarefas escolares, orientar quanto aos comporta­men­tos adequados e inadequados, dar afeto e envolver-se nas brincadeiras.

Essa participação ativa do pai na vida do filho é essencial para que a criança construa um modelo positivo sobre si mesma, os outros e o mundo. É a partir da interação com o pai que a criança começa a descobrir a relação com as demais pessoas e a desenvolver segurança para explorar este mundo novo. Os pais são os modelos de referência para a criança.

Quando os papéis de mãe e pai são bem trabalhados e divididos, os efeitos são altamente benéficos para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança. Entretanto, quando há ausência emocional e negligência educacional tanto da figura paterna quanto da materna, a sensação de não ser amado e desejado se instala na cognição da criança, podendo levar a grandes prejuízos emocionais e interpessoais quando não tratados.

Quando a criança é rejeitada pelo pai, ela pode se sentir mais insegura e até agressiva. Este repertório de comportamento é refletido em sala de aula através das dificuldades de concentração e baixo rendimento escolar, assim como na sociedade por meio da maior probabilidade de envolvimento com drogas, brigas e infrações sociais.

Em contrapartida, o pai que compensa sua ausência superprotegendo o filho, ignorando os comportamentos errados, recompensando as birras e o mau comportamento, reforça as posturas inadequadas da criança. O filho, por sua vez, aprende que os outros devem servi-lo, tornando-se um verdadeiro “imperador doméstico”.

Tais crianças mandam em casa, definem a comida que deve ser servida, o programa de TV, mentem e agridem as pessoas de modo frequente, tanto na casa quanto na escola. Esses repertórios de comportamentos agressivos e hostis ficaram conhecidos pelos profissionais da área da saúde como “Síndrome do Imperador”, devido a semelhança das atitudes com a dos imperadores.

Mas, então, qual é o modelo de pai ideal? É consenso pelas diversas abordagens da Psicologia, que o pai autoritário, ou seja, aquele que apenas manda, grita e não interage emocionalmente com o filho, não é o ideal, já que a criança tende a ficar com medo da figura paterna e não adquire o respeito, e sim, o afastamento emocional.

Ainda existem crianças que reagem de modo hostil e agressivo com os coleguinhas, imitando o pai. Já o pai permissivo é aquele que não consegue dizer “não” para os comportamentos de birra da criança, tente a ceder ou aceitar os erros para evitar conflitos, ou seja, o choro. Também há o pai indiferente, aquele que nunca tem tempo para participar da vida da criança e da rotina da casa.

Entretanto, há pais que “vestem a camisa” e se tornam recíprocos na educação, ou seja, compartilham as tomadas de decisões, orientam os filhos, participam ativamente da vida e da rotina da criança, sendo verdadeiros exemplos positivos para a criança.

Esse é o modelo ideal de pais! É a partir da complemen­tariedade do pai e da mãe na educação do filho que ocorre a profilaxia ou o reajuste dos comportamentos inadequados da criança, como as birras, os gritos e o desrespeito.

Cabe ressaltar que a figura paterna deve ser utilizada para dar orientações seguras e gerar confiança e autonomia para o filho. Com isso, a criança terá um modelo de crescimento saudável com uma base educacional assertiva e afetiva.

Os efeitos deste modelo de educação compartilhada entre pai e mãe são o alicerce para a estruturação de um futuro adulto saudável.

* Lilian Zolet é psicóloga e fisioterapeuta formada pela Faculdade União das Américas (UNIAMÉRICA), e especialista em Saúde Pública e da Família e em Terapia Cognitivo-Comportamental.



Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves