Gostar de si para gostar do outro
Gostar de si para gostar do outro
Gostar de si para gostar do outro, esta é uma regra básica nos relacionamentos amorosos.
Gostar de si significa a pessoa conseguir se olhar a distância de si e se ver como um indivíduo no mundo, vivendo situações, se relacionando com os outros e por fim: aprovar o que viu.
Ao fazer isso a pessoa desenvolve amadurecimento e combate a carência.
Importante para não exigir que o outro supra sua carência, algo que nunca será possível, pois não interessa o que o outro faça, diante de um carente toda ação não será suficiente.
Hoje em dia é comum as pessoas reclamarem de solidão, de não conseguirem achar a pessoa certa, da maioria não levar os relacionamentos amorosos a sério, mas muitas vezes é a própria pessoa que não está preparada para um relacionamento.
Se sente tão só que espera que ao iniciar um relacionamento este já se torne sério e que dure por muito tempo, ou mesmo para sempre.
Esse tipo de pensamento tende a criar diversos comportamentos que na visão do outro mais afastam do que aproximam. Gostar de si não está ligado à beleza, mas a segurança ontológica, quer dizer segurança de si.
Saber o que quer, como quer, ter um projeto definido, saber lidar com as adversidades do mundo, ultrapassar os desafios. A pessoa equilibrada emocionalmente e segura de si passa um carisma tão grande que é difícil alguém não gostar.
Se a natureza não lhe foi benéfica quanto à beleza, as atrações virão por outros predicados. Mas se a pessoa é insegura e não gosta de si, pode ser linda, mas acaba ficando sem graça diante de quem a observa.
Procure diariamente se observar, perceber o que as pessoas gostam em ti. O carisma é da pessoa, mas são os outros que elegem a pessoa como carismática.
A beleza é constitutiva da pessoa, mas são os outros que a elegem bela. Então preste atenção no que os outros falam a teu respeito, o que elas acham bonito, o que elas curtem na tua personalidade, e invista nisso.
Procure melhorar o que já é bom, faça disso um diferencial aos olhos do outro, deixando de focar nos seus defeitos, sentindo-se assim mais seguro.
* Flávio Melo Ribeiro é psicólogo.