Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Greve geral, não. Luta por privilégios

Greve geral, não. Luta por privilégios

05/05/2017 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

A mobilização do dia 28/04 não passou de uma rebelião de sindicatos preocupados com seus privilégios

Mais do que a anunciada luta contra as reformas trabalhista e previdenciária, as entidades foram às ruas para tentar manter a contribuição sindical compulsória, que obriga todo trabalhador, sindicalizado ou não, a destinar aos sindicatos os ganhos de um dia de trabalho por ano.

Outro motivo é a negociação direta entre patrões e empregados, que torna desnecessários e até inúteis os sindicatos. Paradoxalmente, usaram o dinheiro do trabalhador para ir às ruas defender aquilo que interessa só aos sindicatos e não ao trabalhador, que só paga a conta, muitas vezes sem saber a quem.

A contribuição compulsória é carreada aos sindicatos desde 1943. Portanto, trata-se de um entulho da ditadura Vargas que até agora ninguém havia ousado eliminar. Pelo contrário, em 2008, o presidente Lula, oriundo do meio sindical, mandou repartir o bolo também com as centrais sindicais, exatamente as mesmas que foram às ruas na última sexta-feira.

Ainda mais: toda essa montanha de dinheiro – mais de R$ 3 bilhões por ano – não é passível de prestação de contas porque entendem os burocratas da república sindical em que foi transformado o Brasil que fazer o sindicato prestar contas seria inconstitucional e feriria o direito de autogestão.

Por conta do dinheiro fácil, o Brasil possui hoje 16.293 sindicatos, sendo o país que com o maior número deles em todo o mundo. Os outros países com maior número de entidades sindicais são África do Sul com 191, Reino Unido 168, Dinamarca 164, Estados Unidos 130 e Argentina 91.

Sensível diferença... Nada contra a liberdade sindical e o direito dos trabalhadores se reunirem em entidades de classe. Desde que mantenham o seu custeio e, como mantenedores, delas participem e se interessem pelo seu destino e pelos serviços que prestam à classe.

Da forma que se desenvolveram no Brasil, os sindicatos não passam de braços manipulados ora pelo governo ora pelos partidos de esquerda que acabam negociando com o governo. O que menos conta é o interesse da classe trabalhadora, que só dá o nome para legitimar a existência das entidades.

Se querem consertar o país, o governo e o Senado não devem transigir em relação à contribuição sindical compulsória, já eliminada no projeto aprovado pela Câmara dos Deputados e a outros itens que libertam o trabalhador da escravidão sindical. Com isso, só sobreviverá o sindicato que realmente presta serviços e respeita os interesses dos seus filiados.

Desaparecerão os aparelhos políticos e quem quiser fazer política partidária terá, a partir de então, de fazê-lo através dos partidos que, a exemplo dos sindicatos, também deveriam ter vida econômica própria, sem receber os polpudos recursos do Fundo Partidário mantido pelo dinheiro público.

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).



Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves