Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Imposto bom é o que sustenta o governo e o povo pode pagar

Imposto bom é o que sustenta o governo e o povo pode pagar

11/07/2023 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

Mesmo tendo o empenho do presidente da Câmara, Arthur Lira e a adesão do Centrão, pela sua votação e aprovação ainda esta semana, a reforma tributária proposta pelo presidente Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encontra dificuldades que poderão levar a votação para depois do recesso de meio de ano ou, até conduzi-la ao arquivo, sem votação.

É o primeiro projeto estruturante que o governo Lula 3 submete ao Congresso, e recebe muitas críticas.

Governadores e prefeitos do Sul-Sudeste e parte do Centro-Oeste afirmam que, da forma que está proposta, a reforma contraria o pacto federativo, cláusula pétrea da Constituição que regula a convivência fiscal e administrativa e a partição da arrecadação entre União, Estados e municípios.

Os governadores pregam maior autonomia frente ao governo da União na partição do bolo tributário. Apoiada pela indústria, que pode ter aliviada sua carga tributária, a proposta é atacada pelos setores do comércio e da prestação de serviços que nela vêem um salto dos tributos que pagam atualmente.

Só para exemplificar, os produtos da cesta básica tendem a sofrer reajuste da ordem de 60% nas prateleiras dos supermercados.

A fusão dos atuais tributos (ICMS, ISS, PIS, Cofins, IPI, etc) para formar o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) gera desconfiança dos prefeitos principalmente, que não têm claro como será a sua partição para Estados e municípios dentro dos respectivos fundos.

Apesar do jogo de cintura para conseguir as definições do que querem dentro do projeto, os governantes estaduais e municipais mantêm estreito contatos com os parlamentares de suas relações, pressionando pelo esclarecimento ou, então, por adiar a votação.

Nesse ponto, o governo tende a encontrar dificuldades, mesmo com todo o empenho de Arthur Lira e dos demais cooptados pelas emendas parlamentares e cargos federais distribuídos em troca de votos.

Deputados e senadores vão até certo ponto, mas sabem que não podem abraçar o governo e ficar mal com o eleitorado.

A questão tributária sempre foi um problema brasileiro, foco de desconfianças e até de corrupção. Os governos militares chamaram para a União o controle da arrecadação sob o pretexto de combater a corrupção.

Depois da devolução do poder aos civis fez-se muitas alterações, mas, mesmo assim, o sistema ainda tem problemas. Estados e municípios reclamam que a “parte do leão” do bolo arrecadado está em Brasilia e clamam por redistribuição.

Há o problema da guerra fiscal e outros que precisam de solução. É uma tarefa tanto para o governo quanto para o Parlamento.

O governo apresentando proposta e os parlamentares discutindo-as e votando da forma que melhor atenda às necessidades.

Precisam encontrar o desejável ponto de equilíbrio onde a arrecadação atenda às necessidades da máquina pública e possibilitem a sua prestação do serviço e o valor dos tributos cobrado não provoquem a erosão no cofre das empresas e no bolso do contribuinte.

A tarefa é hercúlea e, com toda certeza, não terá sua pacificação nos conchavos palacianos que têm orientado a relação do presidente, seus ministros com deputados e senadores. É preciso mais compromisso com o Brasil!!

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

Para mais informações sobre reforma tributária clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp



A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques