Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Salvar as eleições e o Brasil

Salvar as eleições e o Brasil

16/07/2018 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

Terminada a Copa do Mundo, começa prá valer a corrida eleitoral.

 Mas nunca antes este país viveu tamanho descrédito na classe política. Nem mesmo nos meses que antecederam 31 de março de 1964, quando os militares assumiram o poder, chamados pela sociedade civil, os políticos estiveram em tão baixa como hoje. O governo com baixíssima avaliação, o Legislativo tendo centenas de integrantes acusados de corrupção com alguns deles já condenados e, inacreditavelmente, com os mandatos preservados. Até o Judiciário com muitos magistrados na berlinda, conforme nos mostra o noticiário. O quadro leva ao desencanto popular e à possibilidade das eleições não serem representativas. Mais de 40% dos eleitores, especialmente as mulheres, mostram o propósito de não votar.

Com tantos desmandos e especialmente o regime de coalizão, onde governos, partidos e políticos barganham benesses (legais e ilegais) por votos legislativos, o povo não se sente representado. A máquina, esbulhada pelo processo de formação das maiorias parlamentares que possibilitaram governar durante as últimas décadas, é hoje um sumidouro de recursos e, mesmo assim, não é capaz de cumprir sua determinação legal de oferecer à população saúde, educação, segurança e outros serviços básicos tidos como contrapartida aos tributos recolhidos.

A democracia tupiniquim instalada a partir de 1985 e consolidada na Constituição de 88 – hoje com uma centena de emendas e mesmo assim inacabada – vive contradições que enfraquecem o poder estatal e, através da burocracia, dificultam a vida do cidadão. Coisas simples tornaram-se complicadas, minorias em vez de protegidas tornaram-se presas de exploradores políticos e o senso comum de autoridade – que independe de regime político – tornou-se precário. É esse o país que a geração democrática dos anos 80 lega aos brasileiros do século 21. É preciso ampla reforma de procedimentos e a despolitização de processos que devem ser apenas administrativos. Urge libertar a administração pública do empreguismo, equalizar salários e eliminar mitos ideológicos que, com o tempo, tornaram-se fantasmas.

Esse grande e promissor país merece muito mais do que hoje lhe é dado por aqueles que o tem administrado. Do jeito que a interpretaram durante esses anos todos, não há democracia que resista. A tarefa mais imediata é salvar as próximas eleições. Alertar os eleitores que os partidos e grupos, ao sugerirem abstenção e voto nulo ou branco, estão tentando dar um golpe no eleitor desencantado com a classe política e a atual situação. Ao mesmo tempo que sugerem o protesto, orientam seus filiados e seguidores a comparecer e votar pois, com o baixo comparecimento e o alto índice de nulos e brancos, ficará mais fácil eleger seus candidatos. Passadas as eleições, temos de partir para a mais ampla reforma administrativa, política, eleitoral, tributária e, principalmente, de costumes. Precisamos fazer renascer no povo a confiança e a vontade de participar. Sem isso, o futuro será incerto...

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) - [email protected]



Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira