Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Jogo empatado: crise europeia faz dólar alcançar valor do euro

Jogo empatado: crise europeia faz dólar alcançar valor do euro

21/07/2022 Gabriele Couto

Tão logo começamos a sentir os principais efeitos econômicos das medidas de contenção e combate à pandemia em todo o mundo, uma crise tão grave quanto voltou a assombrar a economia global.

A ofensiva russa contra a Ucrânia, iniciada no fim de fevereiro, interrompeu o fornecimento de gás e petróleo para a Europa e de outros insumos para os demais continentes.

O principal impacto para o Brasil, por exemplo, foi a desestabilização das remessas de fertilizantes agrícolas russos, que são responsáveis por alimentar nada menos que 85% do agronegócio brasileiro.

Isso ajuda a explicar, em parte, o porquê da inflação nacional acima dos 10%, puxada pelas várias altas dos preços dos produtos alimentícios.

Mas, desconsiderando as diferenças sociais, nossos problemas ainda conseguem menos inquietantes do que os que se passam na Europa.

Além do aspecto geográfico, que naturalmente coloca o continente no epicentro do conflito, há também uma grave escassez de energia.

O posicionamento dos principais líderes europeus favoráveis à Ucrânia provocou um clima de temor diante da ameaça russa de literalmente fechar as torneiras que conduzem o gás para outros países europeus.

Isso vem fragilizando gradativamente a economia europeia, altamente dependente de gás, criando um cenário de instabilidade que afeta diretamente o valor do euro.

A tal ponto de, pela primeira vez em 20 anos, o dólar alcançar o mesmo valor da moeda oficial da União Europeia. Em alguns dias deste mês de julho, a moeda americana chegou inclusive a operar com um valor sutilmente superior.

Na prática, não há regras de mercado que definam que a estabilidade da economia mundial dependa de que o euro mantenha uma cotação superior à do dólar. Aliás, do ponto de vista de oferta e demanda essas oscilações são normais.

No entanto, há de se ter em mente que esse movimento mais acentuado pode ser um prelúdio do que espera a economia europeia.

Não por acaso, já há uma fuga de capital da Europa, em direção a mercados mais seguros. Isto significa que os ativos europeus estão sendo substituídos por investimentos dolarizados.

A tendência, hoje, é de evitar a canalização de aplicações em ativos do Velho Continente. Observar os novos capítulos do conflito e as decisões diplomáticas da Rússia diante dos vizinhos europeus pode dizer muito sobre os movimentos do euro nos próximos meses.

Não obstante, valer frisar que no cenário atual a expectativa é de que no curto prazo euro acumule mais desvalorização frente à moeda americana.

Isso porque, diante do contexto inflacionário nos Estados Unidos, o Federal Reserve tende a adotar medidas mais duras em relação à política de aperto monetário. A alta dos juros na economia americana tende a acentuar o fluxo de investimentos no país.

Nesse sentido, embora na economia brasileira, a paridade entre dólar e euro também não tenha grandes efeitos - uma vez que fazemos paridade primeiro do real com o dólar e depois do dólar com o euro - a atenção dos investidores deve estar voltada para a dinâmica de apreciação da moeda americana que impacta diretamente outras variáveis da economia, como é o caso dos preços das commodities que são dados em dólar no mercado global.

* Gabriele Couto é economista e assessora de investimentos da Atrio Investimentos.

Para mais informações sobre economia clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: Naves Coelho Comunicação



A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques