Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Onde a geração Z investe

Onde a geração Z investe

23/10/2021 Sofía Gancedo

O último Anuário de Retorno de Investimentos Globais do Credit Suisse, entre outras coisas, apresenta um raio-x de alternativas de financiamento para a Geração Z, aqueles que nasceram entre 1995 e 2000.

Muitos desses jovens serão a força de trabalho do futuro próximo e, portanto, os principais motores das economias.

Uma das primeiras conclusões do relatório é que investir em ações e títulos - ferramentas seguras e estáveis para a criação de riqueza - não vai gerar retornos tão positivos para os jovens que fazem suas primeiras investidas no campo profissional.

Enquanto a Geração X e a Geração Y conseguiram obter retornos reais médios de cerca de 5% em ações e 3,6% em títulos, a Geração Z pode esperar somente retornos anuais de 2%.

De acordo com o Fórum Econômico Mundial (WEF), um dos motivos dessa hipótese é a super-representação dessa faixa etária em empregos na indústria de serviços, como restaurantes e varejistas, que foram bastante afetados pela pandemia.

Devido aos longos períodos de desemprego, diz o WEF, a Geração Z perderá anos de treinamento buscando experiências profissionais imediatas, o que prejudicará sua capacidade de avançar quando se trata de ingressar na carreira profissional.

Embora as estratégias de investimento mais tradicionais possam estar falhando perante às gerações mais jovens, há evidências de que elas estão começando a trilhar seu próprio caminho. Um exemplo disso é o investimento no varejo, em que as gerações Z e Y possuem até 25% do mercado de ações.

A faixa etária também está impulsionando o desenvolvimento de investimentos sustentáveis, de acordo com o Instituto Morgan Stanley para Investimentos Sustentáveis.

Crescer em um período de mudanças tecnológicas, ecológicas e sociais pode significar que as gerações mais jovens estão menos presas ao passado. O que nos coloca em uma era de busca por investimentos inovadores.

Neste contexto, o crowdfunding é uma boa opção para as gerações mais jovens que procuram investir por diversos motivos.

Enquanto os Millennials e a Geração X tendem a destacar o crescimento do capital e complementar a aposentadoria como principais prioridades de investimento, para a Geração Z, levantar capital para pagar, por exemplo, a educação costuma ser mais importante.

Isso significa que o que essas gerações procuram frequentemente é desempenho e segurança, em vez de liquidez.

Adicionar bens imobiliários às suas carteiras faz todo o sentido nesta estrutura, uma vez que fornece ativos globais diversificados, retornos estáveis de longo prazo e de moeda. Tudo isso sem exigir muito capital inicial.

Aproximando a lupa para a realidade nacional, o interesse do público jovem em adentrar ao universo dos investimentos mostra-se cada vez maior.

O Raio X do Investidor Brasileiro, da ANBIMA, identificou maior diversificação de carteiras de investidores ‘Z’ e ‘milleniuns’, e aponta que a “Geração Z”, totalmente digitalizada, é a que mais investiu e arriscou durante a pandemia.

A pesquisa revelou que, em 2020, 50% da geração ‘Z’ economizaram. Esse também foi o grupo geracional que mais conteve seus gastos, 27,7%, ante 20,3% do grupo mais populoso, os ‘milleniuns’.

Na economia, para além da inflação, da dívida externa e de todo o tipo de incertezas, também será necessário colocar uma lupa na compreensão dos grupos de idade mais jovens para empoderá-los como atores relevantes numa economia que deve se estabilizar.

* Sofía Gancedo é COO da Bricksave e licenciada em Administração de Empresas pela Universidade de San Andrés e mestre em Economia pela Eseade.

Para mais informações sobre Investimentos clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: AVC



Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula