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“Os bem-comportados podem sair”

“Os bem-comportados podem sair”

26/04/2022 Humberto Pinho da Silva

Havia na empresa onde trabalhei quase quarenta anos, o costume, enraizado na tradição, de não abandonar o local de trabalho, sem o chefe do departamento, dizer: “Podem sair!”

Ora, após a “Revolução dos Cravos”, muitos camaradas, confundindo liberdade com falta de educação, logo que os ponteiros do relógio indicavam a hora da saída, vestiam os casacos e debandavam, sem aguardarem a tradicional ordem.

Desconheço o que se passava noutros departamentos, no meu, o chefe – que gostava de falar bonito, – vendo a balbúrdia e sentindo-se inerme, passou a dizer no final do serviço: “Os bem-comportados podem sair…”

Passaram-se mais de quarenta anos, hoje, ao ver: carros estacionados nos passeios, peões e automobilistas a desrespeitarem semáforos e desrespeitos constantes às autoridades, fico a cogitar, de mim para mim: as leis, os deveres, são só para os: “bem-comportados”.

Quem é cumpridor, leal e respeitador é taxado, normalmente, por lorpa. Como se ser educado, cumpridor e respeitador, fosse defeito. Defeito que pode levar os íntegros a Rilhafoles.

Estando a conversar com amigo sobre o assunto, este saiu-se com boa: na sua firma há trabalhadores respeitadores e honestos, mas também serelepes provocadores, que geram conflitos e desestabilizam.

Estes, raras vezes são repreendidos, nem sofrem processos disciplinares. Todavia, quando o respeitador realiza infração, é-lhe aplicado castigo severo.

Perguntei-lhe atónito: Por que não lhe relevam a falta? Mas fiquei varado ao escutar: - “Dizem que é para servir de exemplo para os indisciplinados!…”

Conclui-se: nos tempos que correm, ser bom, obediente e educado, não só passou de moda, como passou a ser defeito crasso. Assim caminha o mundo, com sociedade que inverteu valores.

* Humberto Pinho da Silva

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